Maddy sem reação não disse nada, apenas
viu que Isabella estava tão assustada quanto Hiago. Implorar pela morte,
parecia algo tão frio e violento, que chegava a arrepiar sua alma imortal.
Olhou, olhou dentro dos olhos de sua filha, e ela começou a ter pensamentos tão
negros quanto à morte.
-Pare Isabella- Disse Hiago com as
unhas empencadas em sua cabeça. Qual era o sentido de regras se o seu mundo
havia destruído todas que ela soubera - PARE AGORA- gritou enquanto tentava
respirar, com o corpo jogado ao chão.
- Você não é imortal se eu conseguir te
matar- aquilo exigia muito dela, sua mente estava ficando exausta e preparada
para cair. Seus pensamentos ficaram mais intensos, sentiu suas mãos formigarem
e seus olhos queimarem, e seu pai foi lançado ao chão, sem vida. Junto com ele, se jogou no chão, estava
exausta, foi uma dose muito grande de poder.
Mona,
ainda pedia para que a filha a matasse, sem medo algum de que ela realmente
concedesse seu pedido.
- Eu poderia ter feito coisas, matado
pessoas por diversão, mas eu fiquei aqui criando você.
O
sangue de Maddy ferveu, ela se concentrou e viu que suas cobras ficaram
agitadas e seus olhos ficarem cinza. Viu os olhos de sua mãe ficar como pedra,
Mona sentiu suas veias se contraindo e induzindo e antes de conseguir completar
seus pensamentos, estava morta.
Apenas
conseguiram pensar, como fizeram aquilo, e não sentiam nenhum remorso. Isabella
se aproximou do corpo, e tocou a testa de seu pai, estava gelada, quase tão
gelada quanto suas almas. O que seria tudo aquilo? Sede de Poder, falta de
amor? Um pouco de tudo. Parecia cruel mas, se sentiam bem com tudo aquilo, como
uma menina em um salto 15, sentia que o mundo era seu.
A
noite corria clara, Maddy observava suas cobras, com um olhar de admiração e
como seus olhos estavam claros, pensou com força e as cobras se tornaram cabelo
e depois, viram cobras novamente. Ouviu Isabella entrando no quarto.
- Conseguiu dormir? - as sutileza nas
palavras apavorava Maddy.
- Não, não pelas mortes. Acho que é a
adrenalina.
- Eu acho que deveríamos nos mudar, não
sei - soltou o ar pelas narinas - Procurar outros como nós.
Ela
estava possuída por uma ideia, o mundo poderia estar perto do fim, ou de um
novo começo.
Aquela
manhã, estava perfeita. Elas exalavam poder, estavam mais vivas do que nunca.
Nãos sentiam nada, pena, culpa ou qualquer sentimento de dó. Elas não eram
frias, eram congeladas.
Desceram
as escadas e viram os corpos, pareciam menores do que na noite passada, foram
até o corpo de Hiago, Isabela sorriu com os lábios. Tentaram leva-lo até um rio ou queima-lo como
em um inferno. Não, Maddy usaria seus poderes, abriu os olhos dele, e o olhou.
Duas pessoas, duas pedras, duas vidas encerradas por seus próprios
descendentes.
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