quinta-feira, 19 de abril de 2012

Ian





               Ian jogava carros para o alto em um ferro velho, por diversão.
            Ian, um garotinho, dormindo tranquilamente, quando seu sono foi interrompido por um som estrondoso na sala, colocando suas pantufas, foi espiar o que acontecia. Um homem lutava com seus pais, e com um tiro no meio da testa, sua mãe estava morta e sangrando no chão, com aquela mesma arma, seu pai atirou na própria cabeça, fazendo assim o pequeno Ian ficar órfão aos 5 anos. Aquele mesmo homem, jogou gasolina por toda a casa e então  colocou a casa em chamas e deu as costas. O garoto saiu só quarto e olhou o fogo queimar, não chorava, apenas observava com os olhos pretos esbugalhados, o homem misterioso olhou para trás e viu Ian, se aproximou com passos largos e disse:
- Eu não queria fazer isso na sua frente- ele olhou o reflexo do fogo queimando nos olhos de Ian - mas... - a voz rouca falava aos ouvidos de Ian- quando crescer e entender o que aconteceu e quiser vingança. Eu estarei aqui, esperando.
            Agora ele tinha 23 anos, mas nada havia mudado em seu corpo desde os 20, nem um pelo a mais, nem um fio de cabelo a menos. Os olhos de criançinha, ainda se lembravam daquele dia e da única promessa que havia feito, vingança, naquela noite, antes de fugir de casa, fechou o punho e jurou vingança, mesmo sem saber o que significaria aquilo.
            FORÇA, era a palavra que o definia, ele tinha um super força, conseguia parar um trem sem esforço, era incrível, mas deixara aquilo em segredo, pela sua fala de confiança nas pessoas. Olive, sua única paixão, eles estavam apaixonados, mas ela simplesmente sumiu, o deixou, sem a dizer a ninguém porque ou pra onde ia, sofreu, chorou, ele a amava, mais do que qualquer outra coisa, mais do que a si mesmo.
            Ele não era comum, tirando sua força, ele era muito bonito, realmente lindo. Uma pele amendoada, de uma cor ilustre beijada pelo Sol, com a leveza de sutileza do mar, seu corpo foi moldado pelas mãos do mais sábio artesão, era um homem bonito, atraente aos olhos de qualquer mulher e invejado por qualquer homem. Alem do bonito ele era companheiro, com uma personalidade forte, mas era maldoso, tão afiado quanto uma rasa, não abaixava a cabeça por ninguém. Mas era tão tolo, tão apaixonado, tão bobo.

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