segunda-feira, 23 de abril de 2012

Maddy e Isabella Parte 2



Saiu sem olhar para trás. O piloto entrou em pânico, olhava para o chão tentando achar algum que pudesse pousar o avião, seriam arriscados, quase impossíveis, provavelmente todos sairiam mortos. Puxou a alavanca e o avião começou a descer, suas mãos suavam e conseguia ouvir seu coração batia com força, quase rasgando seu peito. Ele estava nervoso e finalmente, sem hesitar, soltou o controle e fechou os olhos.
            Isabella entrou abrindo a porta com um soco e gritou:
- Mas que PORRA você está fazendo?! - disse com raiva.
            Agora o avião descia, muito mais rápido. Isabella, saiu correndo para fora da cabine.O homem de banco da frente parecia estar rezando ou apenas esperando pela morte, em silencio. Todos estavam loucos, em pânico, como animais raivosos. Algumas mulheres abraçavam seus filhos, ou ver aquilo Isabella lembrou-se de quando era uma menina e a sua mãe a abraçava nas noites em que tinha pesadelos, seu braços eram como um forte, nada passava por ali.
            Maddy olhava com dó daquele estranho, ouvia choros e tudo passava em câmera lenta em sua mente.
            Isabella tentava fazer o avião não virar pó quando colidisse com o chão, mas seria difícil, seria muita perda de poder e ela não tinha poder suficiente. Sentou-se do lado daquele homem que parecia rezar e, o olhou ficou em silencio por alguns instantes e finalmente falou:
- Por que tão quieto? - ela disse sutilmente
- Por que nada vai acontecer - ainda com a mão juntas
            Ouviram um estrondo e o avião estava no chão, depois disso a única coia que viram foi uma luz azul e uma esfera por volta delas. O cheiro de sangue e o som do avião explodindo ao longe foi a única coisa q conseguiram lembrar.
            Na manha seguinte, acordaram em uma casa totalmente desconhecida. Aquele homem estava na porta as olhando dormir, Maddy levantou assustada e se sentou na cama. Colocou a mão na cabeça, ela estava dolorida e um pouco de sangue saiu nos seus dedo, não se lembrava de nada. Ela só conseguia se lembrar do corpo petrificado, percebeu que estava cansada, como se estivesse de ressaca. Viu o homem a encarando e se assustou. Isabella ainda dormia:
- O que aconteceu? - disse ainda com as mãos na cabeça tentando abafar a dor.
- Bom, vocês não morreram no acidente.
- Acidente? - diz confusa
- Sim - foi até a cozinha e pegou uma aspirina - o avião aonde você estava caiu, e vocês não morreram.
- Como não?
            Adam tinha por volta de 50 anos, mas parecia que tinha 20.
- Eu coloquei um campo de força por volta de vocês - disse naturalmente, como se aquilo não fosse diferente.
- Campo de força? - disse assustada. - como isso é possível?
- Do mesmo jeito que você consegue transformar pessoas em pedra e a sua pode controlar mentes.
- Você não pode contar a ninguém...- disse se levantando e acordando Isabella.
            Elas teriam que ir embora, Adam disse que já estava na cidade em que tinham que chegar. Falou também, que aquela casa era dele e que ele não morava mais ali, então poderiam ficar o tempo que precisassem.  Ele tinha uma velha BMW e elas poderiam usar se pagassem a gasolina e não estragasse.
                        Maddy conversava com Adam obre tudo, obre seus poderes, obre como usados e como estava confusa. Isabella ainda dormia, talvez estive se muito cansada por ter e esforçado tanto para tentar fazer o avião não cair.
            Isabella acorda assustada, sonhou com o avião caindo e todos morrendo, lembrou-se que talvez não fosse um sonho. Olhou ao redor e percebeu que estava em um lugar totalmente diferente. Ouviu vindo da cozinha o som da voz de Maddy, ficou aliviada.
- Bom dia - disse ainda sonolenta prendendo o cabelo.
- Bom dia - disse Adam, colocando mais leite na xícara de Maddy.
            Tudo parecia tão monotomo, como ensaio em uma peça de teatro, não costumava ter cenas como aquela, café da manha, e dizer o clichê "bom dia", os dias nunca foram bons, nunca serão bons. 
            Olhava e ficava confusa, preferiu não perguntar agora, esperou o momento certo. Invadindo a privacidade de Adam, abriu a geladeira e pegou aquela garrafa de vinho velho, abriu, e a tomou, direto. Poderia se dizer que ela era sem educação e invasiva,mas aceitava isso com naturalidade. Foi até o quarto, e encerrou o espelho, havia um machucado profundo na sua mão.
            Era cedo, ainda antes do almoço, decidiram sair. Adam deixaria a cidade aquela noite, e só voltaria depois de alguns meses. Pegaram aquele carro, que custou a ligar. A cidade era bonita, um pouco rural, mas bonita. Muitas lojas, alguns cinemas espalhados pela rua.  O tempo era claro, ameno. Estacionaram o carro e desceram, o salto de Isabella estava incomodado um pouco, mesmo assim, continuou andando.
            Chegaram em uma loja, escolheram tudo o que fosse caro e bonito. Maddy não costumava ser assim, mas Isabella era, desde sempre. Ficar gastando dinheiro, como uma madame que o marido banca tudo o que ela respira, tudo o que ela pensava. Parecia fútil, mas o que fazer se você tem muito o que fazer? Enfim, deram o dinheiro ah moça simpática do caixa.
            Aquilo eram tão estranho, agir como irmãzinha, sair juntas. Nada daquilo era normal. Novamente estavam seguindo um roteiro, tudo aquilo era fora de sua realidade.  Pronto, compraram roupas para encher e lotar o guarda -roupa. Voltaram ao carro, Isabella olhou para a irmã, como nunca havia olhado para ninguém.
- Vamos fazer um pacto. - Isabella disse abaixando o quebra-sol.
- Que tipo de pacto?
- O do tipo promessa.
- Qual seria a "promessa" - engatando a marcha ré, Maddy deu uma pequena olhada para sua irmã.
- Que nós nunca mais contemos nada pra ninguém, sobre nossos poderes. Você e eu. - ela olhou e sorriu levemente.
- Você e eu - ela prometeu e ligou o radio.
            Poderia parecer tão banal, mas Isabella colocou peso nas palavras, colocou ela de um jeito que parecesse irreversível, Maddy parecia estar ficando menos fria, talvez ela estivesse mudando já Isabella a cada morte se tornava mais cruel. Maddy nunca duvidou do amor que Isabella sentia por ela, mas nunca teve plena certeza.
            O carro andava tranquilamente, até que o motor engasgou e o carro ficou parado no meio da rua, alguns olhares eram atraídos por uma menina toda arrumada, tentando empurrar o carro. O carro quebrou perto de uma oficina, Isa foi andando até la, em quanto Maddy esperava no carro.

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