Saiu sem olhar para trás. O piloto
entrou em pânico, olhava para o chão tentando achar algum que pudesse pousar o
avião, seriam arriscados, quase impossíveis, provavelmente todos sairiam
mortos. Puxou a alavanca e o avião começou a descer, suas mãos suavam e
conseguia ouvir seu coração batia com força, quase rasgando seu peito. Ele
estava nervoso e finalmente, sem hesitar, soltou o controle e fechou os olhos.
Isabella
entrou abrindo a porta com um soco e gritou:
- Mas que PORRA você está fazendo?! -
disse com raiva.
Agora
o avião descia, muito mais rápido. Isabella, saiu correndo para fora da
cabine.O homem de banco da frente parecia estar rezando ou apenas esperando
pela morte, em silencio. Todos estavam loucos, em pânico, como animais
raivosos. Algumas mulheres abraçavam seus filhos, ou ver aquilo Isabella
lembrou-se de quando era uma menina e a sua mãe a abraçava nas noites em que
tinha pesadelos, seu braços eram como um forte, nada passava por ali.
Maddy
olhava com dó daquele estranho, ouvia choros e tudo passava em câmera lenta em
sua mente.
Isabella
tentava fazer o avião não virar pó quando colidisse com o chão, mas seria difícil,
seria muita perda de poder e ela não tinha poder suficiente. Sentou-se do lado
daquele homem que parecia rezar e, o olhou ficou em silencio por alguns instantes
e finalmente falou:
- Por que tão quieto? - ela disse
sutilmente
- Por que nada vai acontecer - ainda
com a mão juntas
Ouviram
um estrondo e o avião estava no chão, depois disso a única coia que viram foi
uma luz azul e uma esfera por volta delas. O cheiro de sangue e o som do avião
explodindo ao longe foi a única coisa q conseguiram lembrar.
Na
manha seguinte, acordaram em uma casa totalmente desconhecida. Aquele homem
estava na porta as olhando dormir, Maddy levantou assustada e se sentou na cama.
Colocou a mão na cabeça, ela estava dolorida e um pouco de sangue saiu nos seus
dedo, não se lembrava de nada. Ela só conseguia se lembrar do corpo
petrificado, percebeu que estava cansada, como se estivesse de ressaca. Viu o
homem a encarando e se assustou. Isabella ainda dormia:
- O que aconteceu? - disse ainda com as
mãos na cabeça tentando abafar a dor.
- Bom, vocês não morreram no acidente.
- Acidente? - diz confusa
- Sim - foi até a cozinha e pegou uma
aspirina - o avião aonde você estava caiu, e vocês não morreram.
- Como não?
Adam
tinha por volta de 50 anos, mas parecia que tinha 20.
- Eu coloquei um campo de força por
volta de vocês - disse naturalmente, como se aquilo não fosse diferente.
- Campo de força? - disse assustada. -
como isso é possível?
- Do mesmo jeito que você consegue
transformar pessoas em pedra e a sua pode controlar mentes.
- Você não pode contar a ninguém...-
disse se levantando e acordando Isabella.
Elas
teriam que ir embora, Adam disse que já estava na cidade em que tinham que
chegar. Falou também, que aquela casa era dele e que ele não morava mais ali,
então poderiam ficar o tempo que precisassem. Ele tinha uma velha BMW e elas poderiam usar
se pagassem a gasolina e não estragasse.
Maddy
conversava com Adam obre tudo, obre seus poderes, obre como usados e como estava
confusa. Isabella ainda dormia, talvez estive se muito cansada por ter e
esforçado tanto para tentar fazer o avião não cair.
Isabella
acorda assustada, sonhou com o avião caindo e todos morrendo, lembrou-se que
talvez não fosse um sonho. Olhou ao redor e percebeu que estava em um lugar
totalmente diferente. Ouviu vindo da cozinha o som da voz de Maddy, ficou
aliviada.
- Bom dia - disse ainda sonolenta
prendendo o cabelo.
- Bom dia - disse Adam, colocando mais
leite na xícara de Maddy.
Tudo
parecia tão monotomo, como ensaio em uma peça de teatro, não costumava ter
cenas como aquela, café da manha, e dizer o clichê "bom dia", os dias
nunca foram bons, nunca serão bons.
Olhava
e ficava confusa, preferiu não perguntar agora, esperou o momento certo.
Invadindo a privacidade de Adam, abriu a geladeira e pegou aquela garrafa de
vinho velho, abriu, e a tomou, direto. Poderia se dizer que ela era sem
educação e invasiva,mas aceitava isso com naturalidade. Foi até o quarto, e encerrou
o espelho, havia um machucado profundo na sua mão.
Era
cedo, ainda antes do almoço, decidiram sair. Adam deixaria a cidade aquela
noite, e só voltaria depois de alguns meses. Pegaram aquele carro, que custou a
ligar. A cidade era bonita, um pouco rural, mas bonita. Muitas lojas, alguns
cinemas espalhados pela rua. O tempo era
claro, ameno. Estacionaram o carro e desceram, o salto de Isabella estava
incomodado um pouco, mesmo assim, continuou andando.
Chegaram
em uma loja, escolheram tudo o que fosse caro e bonito. Maddy não costumava ser
assim, mas Isabella era, desde sempre. Ficar gastando dinheiro, como uma madame
que o marido banca tudo o que ela respira, tudo o que ela pensava. Parecia fútil,
mas o que fazer se você tem muito o que fazer? Enfim, deram o dinheiro ah moça
simpática do caixa.
Aquilo
eram tão estranho, agir como irmãzinha, sair juntas. Nada daquilo era normal. Novamente
estavam seguindo um roteiro, tudo aquilo era fora de sua realidade. Pronto, compraram roupas para encher e lotar o
guarda -roupa. Voltaram ao carro, Isabella olhou para a irmã, como nunca havia
olhado para ninguém.
- Vamos fazer um pacto. - Isabella
disse abaixando o quebra-sol.
- Que tipo de pacto?
- O do tipo promessa.
- Qual seria a "promessa" -
engatando a marcha ré, Maddy deu uma pequena olhada para sua irmã.
- Que nós nunca mais contemos nada pra
ninguém, sobre nossos poderes. Você e eu. - ela olhou e sorriu levemente.
- Você e eu - ela prometeu e ligou o
radio.
Poderia
parecer tão banal, mas Isabella colocou peso nas palavras, colocou ela de um
jeito que parecesse irreversível, Maddy parecia estar ficando menos fria,
talvez ela estivesse mudando já Isabella a cada morte se tornava mais cruel.
Maddy nunca duvidou do amor que Isabella sentia por ela, mas nunca teve plena
certeza.
O
carro andava tranquilamente, até que o motor engasgou e o carro ficou parado no
meio da rua, alguns olhares eram atraídos por uma menina toda arrumada,
tentando empurrar o carro. O carro quebrou perto de uma oficina, Isa foi
andando até la, em quanto Maddy esperava no carro.

Nenhum comentário:
Postar um comentário