Adrian, tão rápido, ágil com um reflexo
simplesmente perfeito, ele literalmente "SENTIA" as coisas. Mas como
os outros, tudo começou aos 20 anos.1,90 de pura agilidade, de pura percepção.
Parecia
que todas as pessoas que por algum motivo seriam diferentes eram órfãs e
perderam seus pais de uma maneira traumática. Ian tinha 17 anos, estava
voltando totalmente bêbado para casa, seus pais discutiam, melhor, brigavam
gritando um com o outro, seu pai parecia mais bêbado do que ele. E então, seu
pai pegou uma faca e apontou na direção de sua mãe, e cortou-lhe a garganta, ao
ver tudo isso, Adrian simplesmente voou em cima de seu pai, com aquela faca
ensanguentada, tentando de uma vez mata-la e deixar sua mãe que agonizava
sangrando no chão. E enfiou a faca no pescoço de seu pai, pegou alguns
trocados, uma faca, e uma garrafa de vodka e vive por si próprio.
Parece
crescido, maduro, com a cabeça no lugar, mas ainda era inconsequente, vivia por
viver. Poderes, ele também tinha, mas se sentia tão normal quanto qualquer um.
Sentia coisas a quilômetros de distancia, se déssemos um tiro agora, ele
seguraria a bala e entregaria na sua mão. Quando o atacavam, via tudo em câmera
lenta e conseguia se esquivar ou mudar o curso das coisas. Ele sentia as coisas
de longe, conseguia sentir as pessoas se aproximando, coisas chegadas, era
incrível. Mas mantinha em segredo.
Ian
era seu melhor amigo, um irmão de alma. A única pessoa que o ajudaria se ele
tropeçasse, foram inúmeras vezes que Ian olhou para ele e disse em uma voz
serena e passiva "Não beba, você tem poderes, não pode beber, distorce as
coisas", e ele voltava a beber como um mendigo que vive enchendo a cara
para esquecer das coisas e foram inúmeras as vezes que Ian não perdeu a
paciência e disse tudo de novo. Eram bem mais que amigos de trabalho, do que
colegas de trabalho, eram irmãos. Ian era mais velho que Andrian, e cuidou
dele, quando ele ficava fora de si e fazia coisas absurdas. Um pai.
Beleza:
excepcional. Olhos verdes, pele claro e cabelos escuros, era o típico bonitão
que não liga para aparência mas, no fundo, só quer ser bonito sempre. Como
sempre, ele era quente, pegando fogo, na questão mulheres, era ardente, como o
azul do fogo. Mas frio com a morte, com a vida, com as coisas, com as pessoas.
Sentia dentro da alma, a vontade de fazer a vida de todos um inferno, como o
seu pai fez da sua. Queria um banho de sangue.

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