sábado, 21 de abril de 2012

Adrian



        Adrian, tão rápido, ágil com um reflexo simplesmente perfeito, ele literalmente "SENTIA" as coisas. Mas como os outros, tudo começou aos 20 anos.1,90 de pura agilidade, de pura percepção.
            Parecia que todas as pessoas que por algum motivo seriam diferentes eram órfãs e perderam seus pais de uma maneira traumática. Ian tinha 17 anos, estava voltando totalmente bêbado para casa, seus pais discutiam, melhor, brigavam gritando um com o outro, seu pai parecia mais bêbado do que ele. E então, seu pai pegou uma faca e apontou na direção de sua mãe, e cortou-lhe a garganta, ao ver tudo isso, Adrian simplesmente voou em cima de seu pai, com aquela faca ensanguentada, tentando de uma vez mata-la e deixar sua mãe que agonizava sangrando no chão. E enfiou a faca no pescoço de seu pai, pegou alguns trocados, uma faca, e uma garrafa de vodka e vive por si próprio.
            Parece crescido, maduro, com a cabeça no lugar, mas ainda era inconsequente, vivia por viver. Poderes, ele também tinha, mas se sentia tão normal quanto qualquer um. Sentia coisas a quilômetros de distancia, se déssemos um tiro agora, ele seguraria a bala e entregaria na sua mão. Quando o atacavam, via tudo em câmera lenta e conseguia se esquivar ou mudar o curso das coisas. Ele sentia as coisas de longe, conseguia sentir as pessoas se aproximando, coisas chegadas, era incrível. Mas mantinha em segredo.
            Ian era seu melhor amigo, um irmão de alma. A única pessoa que o ajudaria se ele tropeçasse, foram inúmeras vezes que Ian olhou para ele e disse em uma voz serena e passiva "Não beba, você tem poderes, não pode beber, distorce as coisas", e ele voltava a beber como um mendigo que vive enchendo a cara para esquecer das coisas e foram inúmeras as vezes que Ian não perdeu a paciência e disse tudo de novo. Eram bem mais que amigos de trabalho, do que colegas de trabalho, eram irmãos. Ian era mais velho que Andrian, e cuidou dele, quando ele ficava fora de si e fazia coisas absurdas. Um pai.
            Beleza: excepcional. Olhos verdes, pele claro e cabelos escuros, era o típico bonitão que não liga para aparência mas, no fundo, só quer ser bonito sempre. Como sempre, ele era quente, pegando fogo, na questão mulheres, era ardente, como o azul do fogo. Mas frio com a morte, com a vida, com as coisas, com as pessoas. Sentia dentro da alma, a vontade de fazer a vida de todos um inferno, como o seu pai fez da sua. Queria um banho de sangue.

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