sexta-feira, 27 de abril de 2012

Maddy e Ian



                 Maddy estava na rua, procurando algo menos entediante do que ficar em casa e ver sua irmã a olhando com a boca torta. Estava dentro de uma loja, ao vira-se viu que o amigo do cara da oficina (Andrian) a olhava fixamente, como se ela o devesse algum dinheiro, continuo mexendo na roupas, as examinando, depois, saiu correndo, sentiu-se com medo. Agora andava rápido, tentando fugir daquele cara, parou esbaforida com o coração batendo forte, ele segurou o braço dela.
- Olive? - ele disse um pouco confuso e cansado.
- Eu não sou a Olive - Maddy disse se virando e um pouco confusa
- Pare de fingir, sabe que é - ele disse a segurando pelo punho.
- Sai daqui- ela o afastou com seu pulso dolorido.
            Saiu andando, correndo pelo sol forte que abraçava a cidade. Correu até chegar em sua casa. Já eram 3 horas da tarde, e Isabella ainda dormia com uma garrafa de bebida ao lado da cama. Maddy bufou e desaprovou aquilo com a cabeça. Pegou o celular de Isabella e viu que poderia esclarecer toda aquela confusão. Quem seria Olive?
- Alô. Andrian?
- Isabella? - ele disse um pouco exaltado.
- Não, é a Maddy. Olha, quem é Olive?
- Como sabe da Olive?
- O seu amigo me confundiu com ela e eu estou com medo-ela dizia rápido, quase atropelando as palavras.
- Olha - ele dizia passivo - se acalme, me encontre daqui 2 horas na oficina, é a folga do Ian.
            Maddy topou na hora, deixou um bilhete para Isabella, sabia que ela ficaria furiosa, mas precisava saber por que Ian a confundido com essa tal de Olive.
            Talvez, fosse melhor, elas continuarem na sua casa, continuarem fazendo todos de idiota por qualquer razão, mas ela preferem tentar conhecer um lugar novo. O que tudo isso acrescentaram a ela? Pra Isabella um amorzinho de verão e para Maddy algo que estava martelando sua cabeça feita louca. Chegou na frente da oficina, saiu do carro.
- Cadê a Isabella? Adrian disse limpando as mãos no macacão cinza;
- Ficou em casa, não estava bem - Maddy disse querendo pular aquela parte e ir direto ao assunto.
- Porque? Está tudo bem?  - ele falou preocupado.
- Está, tudo ótimo, ela só tomou um porre e esta dormindo até agora. - ela disse rápido.
- Olha, se precisar de alguma coisa...
- ELA TA BEM - ela disse com raiva - ela tem a mim. - tossiu - quem é Olive?
            Adrian soltou o ar com força, e chamou Maddy para tomar um café.
- Maddy, é uma longa historia ... Eu não sei se Ian gostaria que você soubesse.
- Ele disse que eu era a Olive - ela falou - eu preciso saber quem é Olive.
            Adrian se levantou, abriu uma gaveta pequena e pegou dali uma foto, pequena e um pouco amassada.
- Essa é a Olive - ele a entregou a fotografia
- Ela se parece comigo - se espantou e olhou para os detalhes.
- Vocês são idênticas, tem até a mesma falha na sobrancelha. - fez uma pausa e colocou a foto de volta na gaveta - por isso ele te confundiu com ela.
- Qual é a historia? - Maddy olhava por cima do ombro de Adrian e viu Ian estacionando o carro ao longe.
            Ian desceu do carro e logo percebeu que Maddy estava ali, o olhando com medo. Correu para perto dele.
- Olive !
- Ian - Adrian explicava - não é a Olive, a Olive não esta mais aqui, essa a Maddy irmã da Isabella.
- Não, é a Olive - ele dizia com certeza, parecendo um retardado.
- Eu não sou a Olive - Maddy dizia e via os olhos de Ian se encherem d'água. - Eu sou a Maddy.
            Maddy viu um homem, adulto, sentado no chão chorando, sem ao menos conseguir falar. Ficou sem reação, apenas olhou com piedade. Tentou falar algo, mas sentiu-se como se garganta inchasse e ela não conseguisse falar nem um "eu sinto muito". Ela sentia muito, parecia que Ian havia perdido seu chão. Maddy saiu correndo, voltou para o carro e sentiu seu olho ficar quente e úmido, olhou para o alto e não se deu ao luxo de chorar. 

quinta-feira, 26 de abril de 2012

Adrian e Isabella Part 2



              Isabella estava na frente do restaurante que jantariam, viu Andrian ao longe, no fim da calçada, lindo, realmente lindo. Andava com as mãos no bolso da blusa, o que era muito charmoso.
- Oi - ele disse a examinando e ficando bobo.
            Eles entraram no restaurante, se sentaram em uma mesa afastada. O restaurante não era muito chique, tinha alguns quadros mal pintados de propósito na parede, uma luz baixa e paredes de madeira, um ambiente simples, porem bonito.
- Faz muito tempo que eu não como aqui, desde que minha mãe morreu - ele disse a olhando.
- Como sua mãe morreu?
-É uma longa historia e morte não é o assunto mais apropriado para o jantar.
            Ela sorriu, ela gostava mesmo dele, ele era diferente, alguma coisa nele era incrivelmente atraente. A conversa fluía, as vezes Isabella era ignorante, mas era a força do hábito, queria agir diferente com ele.
- Ta- ele ria - me fale 3 defeitos seus? - ele colocava mais vinho na taça dela.
- EU NÃO TENHO DEFEITOS.... - abaixou a cabeça e deu uma leve gargalhada - defeitos, acho que beber, fumar e acordar.
- Acordar?
- É, eu acordo horrível - ela disse em um tom de brincadeira.
- Eu gostaria de te ver acordando, tipo, todos os dias - ele disse serio, tomando um gole de vinho e a olhando nos olhos.
- É, os seus defeitos? - disse cortando o assunto e mexendo no cabelo.
- Beber, gritar e principalmente me apaixonar. - ele disse limpando a boca.
- Se apaixonar - Isabella disse desconfiada.
- É, eu me apaixonei uma vez e digamos que foi a pior coisa que eu já fiz na vida - fez uma pausa, fez uma expressão confusa- não, a pior coisa que já fiz, foi jogar um cigarro em um copo com bebida.
- Clássico - levantou sua taça a um brinde, e Adrian brindou com ela.
            Defeitos, novamente estavam falando sobre defeitos, com o tempo a mente de Isabella a fazia pensar que fosse perfeita, então reconhecer e reparar seu defeitos era tão difícil.
- Porque é tão fria? - ele a perguntou enquanto a levava pra casa, a pé mesmo.
- Porque eu não sinto nada por ninguém, evito decepções sendo fria.
- E como vai fazer para nunca sentir nada?
- Não sei, vou descobrir.
            Finalmente os dois estavam na frente da casa de Isabella. Maddy espiava tudo pela janela, sem fazer barulho. Adrian se aproximou dela um pouco mais, a noite já pesava, sem estrelas, apenas a escuridão os cercava. Ela cortando o clima, se despediu com um beijo no rosto, ele saiu com as mãos no bolso da calça e de cabeça baixa.  Isabella era difícil, muito mais difícil do que qualquer modelo, mas queria tanto ter beijado Adrian, talvez fosse tão bom que nunca mais quisesse beijar ninguém.
            Isabella virou a maçaneta com cuidado, olhou e Maddy estava na sala como sempre.
- Como foi?- Maddy perguntou sem tirar os olhos da televisão.
- É da sua conta? - disse ignorante, procurando algum lugar para tirar jaqueta.
- Sim, sou sua irmã.
- Não é, nunca foi - entrou no quarto. Maddy ouviu o barulho da chave virando na maçaneta.
            Bufou com raiva. Mesmo sabendo que Isabella nem estava tão magoada, e estava só fingindo, Maddy fez o mesmo. Isa se deitou com alegria na cama, e pensou em como Adrian era bonito, no jeito que ele mexia o cabelo liso e espetado para trás, o som da risada dele , o jeito que ele passa a língua entre os lábios antes de falar alguma coisa constrangedora. Ela não costumava usar palavras do tipo "eu estou apaixonada”, mas desde então, ela não conseguia para de pensar nele, e pela primeira vez sentiu seu coração menos frio. Um leve vento frio entrava pela janela, e Isabella puxou o cobertor com cheiro de varanda pra mais próximo se sua cabeça, fechou os olhos e dormiu.

quarta-feira, 25 de abril de 2012

Adrian e Isabella Part 1



        Adrian desligou o celular na cara dela, mesmo sem a conhecê-la ele sabia que ela era um posso de frieza e que não costumava fala aquelas coisas, nem ligar no meio da noite e falar alguma coisa que você falaria depois de algumas semanas juntos. Só pelo jeito de andar, falar, se vestir era possível ver que a machucaram e que ela leva cicatrizes profundas e abertas. Ele pensou nela até a hora de deitar, mas não gostava daquilo. Ele adorava as roupas dela, a deixavam tão ousada. Pensou também em seus poderes e como eles poderiam estragar as coisas, "talvez ela goste desse lance" pensou antes de fechar os olhos e cair em um sono tranquilo.
            Mal sabia ele, que ela era como ele, que eles eram iguais.
             Ian, Ian se sentia repulso, com uma foto de Olive na carteira, dizia a todos que queria a esquecer, mas ele não fazia por onde. Fazia muitos anos que tudo aquilo havia acontecido, já era a hora de se abrir para pessoas novas, coisas novas, novas experiências. Não, prefere guardar aquele amor, aquela saudade dentro do peito.            Ele podia esquecê-la... talvez não quisesse. Ele era doce, doce demais para de se prender a uma pessoa que não dava sinal de vida a anos. "Idiota" pensava toda noite antes de dormir, e se lembrava de quando passou aqueles dias com Olive. OLIVE.
           
            Isabella acordou no outro dia, com a maior ressaca de sua vida, sentindo como se sua cabeça fosse explodir, olhou o celular e viu 2 mensagens, deu a primeira que dizia "Quando acordar, me ligue" era de Adrian, pensou em não ligar, afinal nem sabia o que havia conhecido, simplesmente não se lembrava. Maddy estava acordada, mas ainda deitada, pensativa, misteriosa. Isa, tomava um café, preto, quente, forte. Seu avô era como ela, curava uma ressaca com outra.  Queria que Adrian ligasse, mas tentou se convencer do contrario. Era sábado, ele a chamara para sair, talvez ela aceitasse, mas só talvez;
            Estava vegetando no sofá, enquanto Maddy fazia almoço, sentiu seu celular vibrar por cima de sua barriga e sorriu.
- Alô - ela disse fingindo estar desinteressada.
- Oi... só liguei pra saber se esta tudo bem?
- Está, porque não estaria? - foi seca.
- Porque você me ligou totalmente bêbada e eu fiquei preocupado, só isso.
- Ótimo. - disse irônica.
-É... - antes de falar pensou se deveria mesmo fazer aquilo - hoje é sábado, quer sair?
- Pra onde?
- Não sei você escolhe. - disse simplesmente.
            Ela tinha um encontro, queria que aquele fosse diferente de todos os outros, fosse especial. Ele a buscaria a 7 horas. Maddy estava rindo enquanto mexia alguma coisa dentro de uma panela. Olhou para a irmã e disse:
- Isso é serio, ou você só quer brincar com o coitado? -se refiriu a Adrian
- Não, é serio.Porque, acha que eu nunca vou sair com ninguém?
- Olha, eu te conheço, você não quer nada nunca, você tem medo de sentir. - disse rispidamente.
- Olha aqui você Amanda - disse alto, se levantando e indo para o quarto nervosa - não abra a boca para falar de mim, porque você é a mesma coisa, afinal, você matou o seu primeiro amor. - bateu a porta do quarto.
            Maddy se sentiu mal por ter brigado com a irmã, porque tudo aquilo era tão sem sentido, elas não brigavam, mas quando isso acontecia era como se fossem estranhas, não olhavam uma para a outra. Isabella tinha defeitos, inúmeros, mas que não tem, e ela sabia décor e salteado todos aqueles defeitos e odiavam quando os apontava.
            Deitada novamente, observando o teto de madeira daquela casa de lembrou de Todd, o seu único namorado, e quando ele dizia " eu nunca vou solta-la" e ela era idiota o suficiente para acreditar. NUNCA, era um palavra quase tão forte quanto o PRA SEMPRE, tudo era tão vago, tão aceito a falha. Quantas vezes você prometeu que nunca mais faria algo, ou que ficaria com tal pessoa para sempre? E quantas vezes voce descumpriu?
            Isabella revirava as sacolas atrás de algo bom, algo descontraído. Não queria parecer interessada demais. Finalmente estava pronta, com um vestido preto, uma jaqueta jeans e uma bota de cano curto, podíamos dizer que ela estava bonita. Saiu do quarto, e Maddy assistia à televisão.
- Esta bonita- Maddy disse tentando se reconciliar com sua irmã.
            Falhou, ao invés de responder Bella simplesmente saiu andando, como uma criança mimada. Maddy bufou, odiava quando a irmã fazia essas coisas.

terça-feira, 24 de abril de 2012

Adrian e Ian



         Concertava um carro, trocava o olho, sujava as mãos. Ian, trocava alguns pneus, faziam coisas diárias como qualquer trabalhado.
            Adrian se sentou no chão da oficina, tomou um gole d'água e limpou as mãos, sentiu seu braço ficar arrepiado, estava sentindo alguma coisa.
- Ian - chamou, e ele se virou com a testa soada - tem alguém muito especial chegando.
            Quando se virou para continuar a trocar o olho, viu que Isabella estava atrás, com aqueles olhos, aquela pele, aquelas roupas.
- O que quer?- disse enquanto a examinava
- Meu carro quebrou a uns dois quilômetros daqui, se vocês pudessem me ajudar.
            No memento em que Adrian viu Isabella, seu braço ficou ainda mais arrepiada.  Isabella não conseguia ler os pensamentos dele, mesmo tentando com força, não conseguia.
- Tudo bem, vamos até lá.
            Ian olhou confuso e puxou Adrian de canto.
- Cara, você tem que terminar o carro da Betty - disse dando o pano cheio de graxa para ele.
- Relaxa. - fez aquela cara que apenas Adrian conseguia fazer - ela é muito gata e o carro dela esta quebrado...
- Dá pra ir logo minha irmã esta esperando - Isabella disse rudemente com os braços cruzados a alguns metros atrás.
- E tem uma irmã - Andrian completou fazendo Ian revirar os olhos e voltar ao carro.
            Isabella deu uma olhada na oficina, era bem melhor do que da cidade aonde morava, talvez mais limpa, e os empregados usavam um macacão horrível, com o logo da oficina. Talvez ela tivesse algumas filiais por ai. Mesmo não querendo, alguma coisa a deixava muito boba em Adrian, talvez fossem os olhos dele, que são mais profundos do que o oceano, talvez o jeito de andar. Não sabia, mas algo a encantava. Adrian a achava linda, diferente de todas as garotas que conheceu, saiu, e largou.
            Andavam em silencio, ele parecia ter as palavras na ponta de língua e não conseguir falar por algum motivo, nunca foi tímido com mulheres, mas com Isabella era diferente.
- Você mora aqui? - disse olhando para o chão.
- Não, só de passagem - disse tirando o celular do bolso.
            Ficou em silencio, e sentiu-se mal com aquilo. Chegaram Maddy ainda tentava fazer o carro ligar, mas ele não respondia. Adrian abriu o capo, e logo deu o diagnostico. Tudo feito, elas já poderiam ir embora, e seguir a vida e ninguém se ver de novo.
- Vamos voltar para a oficina para eu te pagar- disse entrando no carro.
- Precisa de uma carona- disse Maddy.
- Não, tudo bem, vou andando, não é longe - disse um pouco sem jeito, de fato queria aceitar, estava um pouco cansado.
            Isabella olhou Maddy com um olhar de reprovação e foram até a Oficina, no caminho Maddy quase ria.
- Você gostou dele. - Maddy disse, e a olhou pelo canto do olho.
- Não Maddy, eu não gostei dele, sinceramente, eu achei ele um idiota.
            Isabella, tinha tanto medo de gostar das pessoas, de ter amigos. Se achava doente, porque as pessoas tanto falavam sobre amizade, mas ela nunca soube o que foi isso, pois nunca deu abertura para que pessoas novas chegassem e fizessem a diferença. Por um momento pensou no que contaria aos filhos, que passou sua vida matando as pessoas, e que nunca viveu o lado bom da vida, porque nunca acreditou em um.
            Desceu do carro e viu que Adrian falava com Ian, e se sentiu na conversa. Adrian viu que elas estavam ali, limpou as mãos e foi atende-las. Maddy se afastou por um instante, foi examinar o local. Isa falava com Adrian com desdenho.
- Eu queria saber se esta livre sábado.
- Sim, vai fazer uma revisão no carro ou algo do tipo? - ficava tão boba perto dele que não conseguia perceber nada.
- Não - abaixou a cabeça e deu uma risadinha - quero saber se quer sair comigo? - ficou corado.
- Eu não sei, quer dizer, eu não saiu muito - ficou sem jeito - mas, você pode me ligar.
            Ela queria que ele ligasse. As duas foram para casa de Adam, e ele já não estava mais ali, ficaram um pouco mais a vontade. Adam sabia que elas tinham poderes e talvez por isso tenha sido tão caridoso.
            Maddy tomava uma coca diet., e Isabella fazia um drink de vodka, limão e açúcar, tomou, e estava horrível continuou tomando mesmo assim, queria só ficar dopada e desmaiar para no dia seguinte não se lembrar de nada. Enquanto bebia, Maddy tentava ler alguma coisa, ou ver as fotos de uma revista, de fato esta entediada. Quase sem querer Isabella pensou em Adrian, e pegou o celular, nada, ele não havia mandado nada, nem um simples "oi", jogou o celular no chão. Sua mente estava uma confusão, ela estava uma confusão.
            Amanda, tirou a calça jeans e se deitou, ficou olhando para os lados, pensando. Sentiu-se enjoada ao lembrar que matou Brad, não sentiu-se assim com sua mãe,talvez ela não fosse tão importante , Brad também não era, mas já foi, já foi a pessoa mais importante de sua vida.Pegou seu celular e viu que já passava das 2 da manha e Isabella ainda estava bebendo na sala.
- Isabella - Maddy apareceu na porta do quarto - vamos, vem dormir - se aproximou e a segurou pela mão - Vamos - praticamente a carregou para o quarto a deitou na cama e a cobriu.
            Maddy sentia pena da irmã, ela a amava demais para deixar elas se afogar nas próprias falhas. Sempre foi mais centrada, quase nunca bebia, nem fumava, não gostava dessas coisas. Já Isabella fazia isso por prazer, achava que talvez fosse mais fácil esquecer dos problemas do que os encara-los de frente.Mas os humanos são assim, acabam deixando pra depois o que tem que ser feito nesse instante. Esquecer muitas vezes é uma tarefa difícil, mas para ela beber até não aguentar o próprio peso, era o único jeito de esquecer temporariamente.
            Pegou o celular, quando Maddy já estava totalmente apaga e ligou para Adrian.
- Alô - a voz grossa e sensual disse um pouco sonolent
- Você estava dormindo? - disse meio chorosa.
- Estava, Isabella né?
- É.
- O que foi?
- Eu não... - disse baixinho - está frio, queria que alguém estivesse aqui comigo, tipo você.

segunda-feira, 23 de abril de 2012

Maddy e Isabella Parte 2



Saiu sem olhar para trás. O piloto entrou em pânico, olhava para o chão tentando achar algum que pudesse pousar o avião, seriam arriscados, quase impossíveis, provavelmente todos sairiam mortos. Puxou a alavanca e o avião começou a descer, suas mãos suavam e conseguia ouvir seu coração batia com força, quase rasgando seu peito. Ele estava nervoso e finalmente, sem hesitar, soltou o controle e fechou os olhos.
            Isabella entrou abrindo a porta com um soco e gritou:
- Mas que PORRA você está fazendo?! - disse com raiva.
            Agora o avião descia, muito mais rápido. Isabella, saiu correndo para fora da cabine.O homem de banco da frente parecia estar rezando ou apenas esperando pela morte, em silencio. Todos estavam loucos, em pânico, como animais raivosos. Algumas mulheres abraçavam seus filhos, ou ver aquilo Isabella lembrou-se de quando era uma menina e a sua mãe a abraçava nas noites em que tinha pesadelos, seu braços eram como um forte, nada passava por ali.
            Maddy olhava com dó daquele estranho, ouvia choros e tudo passava em câmera lenta em sua mente.
            Isabella tentava fazer o avião não virar pó quando colidisse com o chão, mas seria difícil, seria muita perda de poder e ela não tinha poder suficiente. Sentou-se do lado daquele homem que parecia rezar e, o olhou ficou em silencio por alguns instantes e finalmente falou:
- Por que tão quieto? - ela disse sutilmente
- Por que nada vai acontecer - ainda com a mão juntas
            Ouviram um estrondo e o avião estava no chão, depois disso a única coia que viram foi uma luz azul e uma esfera por volta delas. O cheiro de sangue e o som do avião explodindo ao longe foi a única coisa q conseguiram lembrar.
            Na manha seguinte, acordaram em uma casa totalmente desconhecida. Aquele homem estava na porta as olhando dormir, Maddy levantou assustada e se sentou na cama. Colocou a mão na cabeça, ela estava dolorida e um pouco de sangue saiu nos seus dedo, não se lembrava de nada. Ela só conseguia se lembrar do corpo petrificado, percebeu que estava cansada, como se estivesse de ressaca. Viu o homem a encarando e se assustou. Isabella ainda dormia:
- O que aconteceu? - disse ainda com as mãos na cabeça tentando abafar a dor.
- Bom, vocês não morreram no acidente.
- Acidente? - diz confusa
- Sim - foi até a cozinha e pegou uma aspirina - o avião aonde você estava caiu, e vocês não morreram.
- Como não?
            Adam tinha por volta de 50 anos, mas parecia que tinha 20.
- Eu coloquei um campo de força por volta de vocês - disse naturalmente, como se aquilo não fosse diferente.
- Campo de força? - disse assustada. - como isso é possível?
- Do mesmo jeito que você consegue transformar pessoas em pedra e a sua pode controlar mentes.
- Você não pode contar a ninguém...- disse se levantando e acordando Isabella.
            Elas teriam que ir embora, Adam disse que já estava na cidade em que tinham que chegar. Falou também, que aquela casa era dele e que ele não morava mais ali, então poderiam ficar o tempo que precisassem.  Ele tinha uma velha BMW e elas poderiam usar se pagassem a gasolina e não estragasse.
                        Maddy conversava com Adam obre tudo, obre seus poderes, obre como usados e como estava confusa. Isabella ainda dormia, talvez estive se muito cansada por ter e esforçado tanto para tentar fazer o avião não cair.
            Isabella acorda assustada, sonhou com o avião caindo e todos morrendo, lembrou-se que talvez não fosse um sonho. Olhou ao redor e percebeu que estava em um lugar totalmente diferente. Ouviu vindo da cozinha o som da voz de Maddy, ficou aliviada.
- Bom dia - disse ainda sonolenta prendendo o cabelo.
- Bom dia - disse Adam, colocando mais leite na xícara de Maddy.
            Tudo parecia tão monotomo, como ensaio em uma peça de teatro, não costumava ter cenas como aquela, café da manha, e dizer o clichê "bom dia", os dias nunca foram bons, nunca serão bons. 
            Olhava e ficava confusa, preferiu não perguntar agora, esperou o momento certo. Invadindo a privacidade de Adam, abriu a geladeira e pegou aquela garrafa de vinho velho, abriu, e a tomou, direto. Poderia se dizer que ela era sem educação e invasiva,mas aceitava isso com naturalidade. Foi até o quarto, e encerrou o espelho, havia um machucado profundo na sua mão.
            Era cedo, ainda antes do almoço, decidiram sair. Adam deixaria a cidade aquela noite, e só voltaria depois de alguns meses. Pegaram aquele carro, que custou a ligar. A cidade era bonita, um pouco rural, mas bonita. Muitas lojas, alguns cinemas espalhados pela rua.  O tempo era claro, ameno. Estacionaram o carro e desceram, o salto de Isabella estava incomodado um pouco, mesmo assim, continuou andando.
            Chegaram em uma loja, escolheram tudo o que fosse caro e bonito. Maddy não costumava ser assim, mas Isabella era, desde sempre. Ficar gastando dinheiro, como uma madame que o marido banca tudo o que ela respira, tudo o que ela pensava. Parecia fútil, mas o que fazer se você tem muito o que fazer? Enfim, deram o dinheiro ah moça simpática do caixa.
            Aquilo eram tão estranho, agir como irmãzinha, sair juntas. Nada daquilo era normal. Novamente estavam seguindo um roteiro, tudo aquilo era fora de sua realidade.  Pronto, compraram roupas para encher e lotar o guarda -roupa. Voltaram ao carro, Isabella olhou para a irmã, como nunca havia olhado para ninguém.
- Vamos fazer um pacto. - Isabella disse abaixando o quebra-sol.
- Que tipo de pacto?
- O do tipo promessa.
- Qual seria a "promessa" - engatando a marcha ré, Maddy deu uma pequena olhada para sua irmã.
- Que nós nunca mais contemos nada pra ninguém, sobre nossos poderes. Você e eu. - ela olhou e sorriu levemente.
- Você e eu - ela prometeu e ligou o radio.
            Poderia parecer tão banal, mas Isabella colocou peso nas palavras, colocou ela de um jeito que parecesse irreversível, Maddy parecia estar ficando menos fria, talvez ela estivesse mudando já Isabella a cada morte se tornava mais cruel. Maddy nunca duvidou do amor que Isabella sentia por ela, mas nunca teve plena certeza.
            O carro andava tranquilamente, até que o motor engasgou e o carro ficou parado no meio da rua, alguns olhares eram atraídos por uma menina toda arrumada, tentando empurrar o carro. O carro quebrou perto de uma oficina, Isa foi andando até la, em quanto Maddy esperava no carro.

Maddy e Isabella Parte 1



Algumas semanas tinham se passado e a transformação de Maddy já estava completa, ficava agradecida ao saber que podia transformar suas cobras em cabelo quando quisesse, poderia sair na rua e tentar parecer normal, humana.
            Fariam uma viagem, para se afastar de tudo o que as prendia, tudo as que a puxava para baixo. Iriam para o outro lado dos pais, de algum jeito, o destino era cruel, assim como todo o resto do mundo.
            O aeroporto estava lotado, parecia que todas as pessoas iriam viajar no mesmo dia, fazendo Isabella soar e se sentir comprimida, Maddy esperava na fila, impaciente, olhou para trás e viu um rosto familiar, era Brad, tão lindo, tão amigo, tão inútil. No momento em que o viu, admitiu a si mesma que já o amou e que boa parte de sua frieza e de seu coração de pedra, eram culpa dele. Brad e Maddy, tinham 15 anos, apaixonada por ele, pelo sorriso dele, pelos olhos dele, por "ele".  Mas com 15, a vida ainda vale a pena, você ainda é capaz de acreditar nas pessoas, mas nada é pra sempre, e você percebe que o mundo não é como parece ser aos seus 15 anos.
            Finalmente, estavam dentro do avião. Maddy olhava para uma mulher, que lembrava sua avó, com um lenço enxugando os olhos, com o rosto vermelho e desfalecido, alguém que amara muito estava a deixando. Brad entrou no avião e viu Maddy, olhou direito e percebeu quem ela era, ao ver como ela estava diferente, como estava linda, se sentiu culpado por todo o mal que a fizera e sentiu-se arrependido por todo a lagrima que a fez derramar. Sentou ao lado dela, milhões de comprimentos passaram pela sua mente, e então disse:
- Eu te conheço? - disse olhando para como ela esta diferente.
- Maddy, quer dizer, Amanda, do ensino fundamental - sorriu, forçadamente, mas sorriu.
- Amanda - tentou parecer surpreso -você está diferente.
- Você também - foi seca. Isabella observava tudo, com um ar desconfiado.
- Então - pareceu procurar um assunto proveitoso- pra onde vai?
- Algum lugar longe daqui. - disse e olhou pela janela do avião, que agora, estava com as rodas fora do asfalto quente.
            Maddy, saiu foi até o banheiro, Brad se levantou e foi atrás, ela andava rápido e se enfiou dentro do banheiro apertado e Brad entrou naquela mesma cabine. Ele em um gesto rápido, a puxou para perto, fazendo a sentir seu corpo e sua respiração batendo em seu rosto. Ela não recuou, ou fez qualquer movimento que provaria querer o contrario, quase caindo, ele a segurou e a beijou. Era incrível como Maddy esperou tanto por aquilo e agora não era nada.
            Ele a olhava com desejo, então segurou a cintura dela com mais força. De repente Maddy sentir algo escorrendo pela sua nuca, era suas cobras entrando a ativa, e Brad olhou para os olhos de Maddy, e virou pedra no mesmo instante, ela olhava arrepiada. Acabara de matar Brad, "foi um acidente" ela pensava, ao vê-lo ali, parado, petrificado.
            Saiu rápido do banheiro, Isabella ouvia um pouco de musica e comia alguma coisa que parecia ser de plástico.
- Você tem que fazer o piloto para o avião, agora - Maddy ordenou.
- Por quê? - disse tirando os fones.
- Porque existe uma estatua chamada Brad no banheiro, e eu não quero ser presa.
            No mesmo momento Isabella levantou e foi até a cabine, aonde o copiloto via uma revista masculina como um adolescente, Isabella sentiu nojo. E o fez desmaiar por alguns minutos então sentou na cadeira que copiloto estava, colocou seus saltos por cima do painel, parecia a vontade, ou tentando provoca-lo.
- Olha, eu sei que a gente não se conhece ainda, mas eu preciso de um favor...
- O que quer?
- Que você pouse o avião.
- Mas o que? - o piloto se engasgou. - por quê?
-Porque minha irmã, acabou de matar um cara no banheiro- disse tranquilamente, com os pés no painel - e eu não quero te matar, de verdade, eu realmente não quero, mas eu preciso que você pouse o avião, em menos de 2 horas - tirou os pés do painel e saiu.